terça-feira, 25 de maio de 2010

Neste próximo sábado, dia 29/05 às 12 na Escola de Enfermagem da USP ocorre a III Feira de Saúde Mental e Economia Solidária – Pelo Direito ao Trabalho, com diversidade e solidariedade.

O objetivo deste evento é o de apresentar os produtos feitos por usuários do sistema de saúde e fortalecer a cultura antimanicomial e da economia solidária.

Vale a pena conferir, pois será um evento bem divertido e muito significativo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

No dia 18 de Maio, devemos comemorar mais um Dia Nacional da Luta AntiManicomial no Brasil.

A Reforma Psiquiátrica, mais conhecida como Luta AntiManicomial teve início no Brasil em 1987 em Bauru e tem por objetivo uma sociedade mais justa, onde os direitos humanos são a base, e nesta, todos tem direitos de viver em liberdade e com qualidade.

Um grande marco da Luta Antimanicomial foi a criacao da Lei do Paulo Delgado, Lei 10216 de 2001, que visa a reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, que antes se concentra em instituições hospitalares para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em Unidades de Serviço comunitários e abertos.

Nestes anos, em que há uma Luta AntiManicomial consciente e aberta, o conceito da Loucura foi modificando e mesmo ainda possuindo conceitos que fazem com que estes sejam excluídos mudanças positivas já aconteceram... algo está acontecendo e a tendência é a transformação de todo o significado de uma vivência.

Mudar a história não é fácil, o que é fácil é acreditar e ter o sonho de que um dia, viveremos em uma sociedade justa, onde os Direitos Humanos são preservados.
Em todo relacionamento sempre achamos que precisamos da pessoa muito mais do que realmente precisamos e isso é a magia do relacionamento, é o que nos faz querer sair com a pessoa que está ali na nossa frente, e isso se repete por mais de uma vez, quando a paixão realmente acontece.

Aristófanos nos conta que na mitologia, os seres humanos eram divididos em 3 gêneros: feminino, masculino e o que possuía ambas características e por isso era dotado de grande poder e resistência. Com o passar do tempo, estes seres completos - femininos e masculinos - começaram a conspirar contra os Deuses e Zeus resolveu então dividi-los, os torna partes incompletas e incapazes de se unirem. A partir daí cada parte viveu em busca do que lhe completa, de sua outra metade.

Todos desejam ser amados, mesmo que não se fale sobre isso. O amor nos traz a idéia e a sensação de plenitude, ou seja, seremos completos somente se tivermos alguém para amar e se formos amados.

Freud inclui neste contexto a teoria das pulsões, que são os desejos em busca de satisfação. O homem vive em uma repetição,do objetivo de satisfazer-se a partir de suas pulsões. E estas pulsões nunca são satisfeitas de forma plena.

Assim como a meta da pulsão é satisfazer-se, a meta do amor é encontrar-se. A pulsão possui como rumo o amor, que não é apenas o belo, mas também o feio e odioso.

O amor pelo odioso sufoca, não dá lugar ao outro de forma saudável, o desfigura e transforma. Este amor é patológico, psicótico e muito se assemelha ao amor do ser apaixonado, que transforma o outro amado em único, onipresente em si mesmo. O ser apaixonado consegue o impossível, e como, a paixão não dura.

Todos nos possuímos defeitos e devemos conviver com estes. O amor apaixonado não permite defeitos, não permite o real. Será essa pessoa amada uma pessoa realmente?
Estes desejos que são jogados no outro causam uma série de sofrimentos por amor, onde o apaixonado busca no outro um amor impossível e totalmente criado por seus próprios desejos. Há uma busca pela essência do ser amado, que está ligada a busca por nossa própria essência e a transferência destas em forma de desejos, vistos no ser amado.

O objeto de amor é uma escolha que não se dá por acaso. Para Freud, há dois tipos de escolhas do objeto amado que podem aparecer mescladas,ou seja, aparecem hora uma, hora outra: a escolha narcísica e a analítica. O amor narcísico, por exemplo, é muito comum na paixão, onde o amado corresponde ao si mesmo, ao que foi, ou ao que pode e quer vir a ser.

Será que o amor não é sempre um amor narcísico?

O amor real existe quando os defeitos aparecem, e o eu não esta mais presente no outro de forma narcísica. Quando este outro agora é cheio de defeitos e fraquezas, pode-se dizer que a paixão virou amor real. É o amor pelo outro real. O amor passa a existir frente a dois e não mais apenas um desejo.

Segundo Sócrates, o amor não pode ser belo, pois o amor é falta, ou seja, o amor sempre vem do que se gostaria de possuir e de ser, portanto, é sempre um amor narcísico.

O amor, para Freud é repetição, o objeto de amor é sempre repetido, onde encontrar o objeto amado é sempre reencontrá-lo, é substituto de um objeto anterior e matricial que pode ser criado no Édipo.

Toda relação é de transferência, de repetição. Buscamos no outro e nas relações algo perdido e assim como no amor, na terapia a transferência acontece. “A psicanálise é em essência uma cura por amor”. O amor pelo qual Freud se refere aqui, é o amor como conduta, ética de entender que o sofrimento é uma condição humana, onde o papel do terapeuta é acompanhar outro, sem tomar seu lugar ou viver seu sofrimento, apenas acompanhá-lo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Entrei para o mundo dos blogs e antes de mais nada, gostaria de me apresentar.

Sou uma garota comum, com uma paixão muito concreta - muitos não encontram paixão nenhuma durante a vida toda e me sinto privilegiada em ter várias (teremos oportunidade de falar sobre todas elas), mas uma delas é a Psicologia.

Desde sempre fui uma curiosa pelos comportamentos e reações humana e isso me trouxe aqui, me formei em psicologia e a prática me ajudou a amar mais esta profissão, assim como seu objeto de estudo, a cada dia.

E é isso que quero compartilhar aqui, meus sentimentos em forma de idéias , ideais e pensamentos.

Espero que gostem e que possamos trocar boas experiências e construir muitos pensamentos juntos.