sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Equilíbrio Para Osho

"Quando a sua mente, quando o seu coração, quando o seu ser estiver sen­do puxado em duas direções diferentes ao mesmo tempo, você está criando o inferno. 
E, quando você é total, é uno, uma unidade orgânica nessa própria unidade orgânica, as flores celestiais começaram a desabrochar em você. 

As pessoas continuam preocupadas com seus atos: Que tipo de atitude é certa e que tipo de atitude é errada? O que é bom e o que é ruim? 

No meu entendimento, não é uma questão de saber que ato você está praticando. Tudo depende da sua psicologia. Se você o pratica de corpo e alma, ele é bom; se você está dividido, ele é ruim. Dividido você sofre; integrado, você dança, você canta, você celebra. 

Você pode explicar um pouco mais a respeito da arte de equilibrar esses dois opostos? A minha vida é multas vezes uma experiência cheia de extremos, em que parece difícil manter o caminho do meio por um tempo. 

A vida consiste em extremos. A vida é uma tensão entre os opostos. Se você fica exatamente no meio o tempo todo, isso significa que está morto. O meio é só uma possibilidade teórica; só de vez em quando você consegue ficar no meio, é uma fase transitória. É como andar na corda bamba; não dá para ficar o tempo todo no meio; se tentar, você cai. 

Ficar no meio não é um estado estático, é um fenômeno dinâmico. Equilí­brio não é um substantivo, é um verbo; é equilibrar-se. O equilibrista que anda na corda bamba vai endireitando o corpo mais para a esquerda ou mais para a direita. Quando acha que pendeu demais para um lado e corre o risco de cair, ele imediatamente recupera o equilíbrio pendendo para o lado oposto. Na tran­sição da esquerda para a direita, aí sim, existe um momento em que o equilibrista está no meio. E, quando vai muito para a direita e fica com medo de cair, ele perde o equilíbrio e joga o peso para a esquerda, passando por um instante mais uma vez pelo meio. 

É a isso que eu me refiro quando afirmo que o equilíbrio não é um subs­tantivo, mas um verbo - é equilibrar-se, um processo dinâmico. Você não pode simplesmente ficar no meio. Você fica o tempo todo pendendo para a esquerda e para a direita; esse é o único jeito de ficar no meio. 

Não evite os extremos e não escolha nenhum deles. Continue aberto para as duas polaridades - essa é a arte, o segredo do equilíbrio. Sim, às vezes ficar extremamente feliz e outras vezes ficar extremamente triste – os dois sentimentos têm a sua beleza. 

A mente faz escolhas; é aí que surge o problema. Não escolha. Seja o que for que aconteça e onde quer que esteja – na direita ou na esquerda, no meio ou longe do meio - aproveite o momento em sua totalidade. Enquanto está feliz, dance, cante, toque uma música – seja feliz! E quando a tristeza chegar - porque ela sempre chega, tem de chegar é inevitável, não dá para evitar... Se você tentar evitá-la você destruirá todas as possibilidades de felicidade. O dia não pode existir sem a noite, o verão não pode existir sem o inverno. A vida não pode existir sem a morte. Deixe que essa polaridade cale fundo dentro de você – não há como evitá-la. A única maneira de evitá-la é morrer um pouco a cada dia; só uma pessoa morta pode permanecer num meio estático. A pessoa viva está em constante movimento – passa da raiva para a compaixão e da compaixão para a raiva novamente – e aceita ambos, sem se identificar com nenhum dos dois, mas se mantendo alheia e ao mesmo tempo envolvida; distante, mas comprometida. A pessoa viva usufrui e ao mesmo tempo permanece como uma flor de lótus - na água, sem se deixar molhar por ela.

O seu próprio esforço para ficar no meio, e ficar no meio para sempre, está criando uma ansiedade desnecessária em você, Na verdade, o desejo de ficar no meio para sempre é outro extremo – a pior espécie de extremo, pois é impossível. Não pode ser alcançado. Pense num relógio antigo: se você segurar o pêndulo exatamente no meio, ele para. O relógio só funciona enquanto o pêndulo está se movendo para lá e para cá. Sim ele sempre passa pelo meio, e existe um momento em que fica exatamente ali, mas não passa de um momento.

E é tão belo! Quando você passa da felicidade para a tristeza, da tristeza para a felicidade, existe um momento de total silêncio – aproveite-o também.

A vida tem de ser vivida em todas as dimensões, só assim ela é rica. O que está sempre à esquerda é pobre, o que está sempre à direita é pobre e o que fica sempre no meio está morto! Se você está vivo, não pode ficar sempre à esquer­da, sempre à direita ou sempre no meio - você fica em constante movimento, num fluxo. "

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O Que Te Faz Feliz?

“A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. 
Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.”
Freud

Quem não quer se sentir pleno e realizado na vida pessoal, profissional e social que atire a primeira pedra. O homem vive sua vida inteira em busca da “Felicidade”, palavra tão bonita e que significa tantas coisas diferentes, que fica até difícil defini-la, mas vou tentar neste artigo.

Perguntar o que é felicidade é tão subjetivo quanto perguntar qual sua comida preferida. Existem momentos em nossa vida em que gostamos de comida japonesa e depois de frequentarmos todos os restaurantes que existem e de comermos comida japonesa por um bom tempo, de repente comemos uma macarronada e percebemos que a felicidade existe de outras formas. A felicidade não precisa ser exclusiva, muito menos limitada a certos momentos ou ações.

Gosto de pensar na felicidade como um dom adquirido. Ninguém nasce com a sensação de plenitude e de realização, muito pelo contrário, as primeiras sensações que a mãe sente após o parto é de um vazio imenso, assim como o nascimento é uma situação frustrante e traumática para o bebê, que precisa se adaptar rapidamente ao novo mundo em que se encontra.

A sensação de felicidade é experimentada momentos depois, quando a mãe segura seu bebê no colo e é capaz de sentir o amor em sua forma mais pura enquanto o amamenta, e o bebê pode experimentar sua primeira sensação de prazer, saciando sua fome.

A felicidade é um sentimento que deve ser experimentado e testado em toda nossa vida, desde o nascimento. E isso garante uma liberdade de escolha maior do que imaginamos.

Outro ponto interessante, que eu gosto de pensar sobre a felicidade é que esta é individual e intransferível. Cada um a experimenta de uma forma e em momentos diferentes, ou seja, se você tentar ser feliz usando a receita de uma outra pessoa, pode ser que não dê certo.

Diante deste conceito, só é possível ser feliz se você se conhece muito bem e entende seus sentimentos diante de situações e pensamentos específicos.

O autoconhecimento pode ser a chave para a busca da felicidade, mas não é o que a concretiza. Depois que você se conhece muito bem e sabe o que lhe traz esse sentimento, deve haver a ação. Sem a ação, a felicidade vira uma utopia e passa a ser uma ideologia. Muitas pessoas vivem uma vida inteira buscando a felicidade e não percebem que a felicidade deve ser criada e não encontrada.

Ser feliz dá trabalho, muitas vezes precisamos deixar para trás hábitos e experiências antigas para dar lugar ao novo. Enquanto escolhermos o caminho mais fácil os resultados serão os mais fáceis.

Portanto, se pensarmos que a felicidade é um dom individual e adquirido através do autoconhecimento e principalmente da ação, podemos dizer que a felicidade só acontece se houver mudança de pensamento e atitude.

Como Albert Einstein já dizia: “Não há maior demonstração de insanidade do que fazer a mesma coisa, da mesma forma, dia após dia, e esperar resultados diferentes.” Esta força para a mudança também é um aspecto individual, pois o mundo não muda sozinho.

A felicidade é uma escolha e por isso, devemos saber qual o preço que queremos pagar por isso. Quando entendemos os ganhos e as perdas desta mudanças podemos controlar e questionar as perdas e então tornar esse processo menos doloroso.

O que você faz hoje para ser feliz?

E não se esqueça que “O homem enérgico e que é bem sucedido é o que consegue transformar em realidades as fantasias do desejo.” (Freud)

sexta-feira, 19 de abril de 2013


19 DE ABRIL, DIA DO ÍNDIO!

Esta data comemorativa foi criada em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, com o objetivo de valorizar a cultura indígena no Brasil.

A população indígena representa nos dias atuais: 0.47% (896.917) da população brasileira, distribuídos em 305 etnias, sendo as maiores: Tikúna (46 mil), Guarani Kaiowá (43,4 mil), Kaingang (37,4 mil), Makuxí (28,9 mil), Terena (28,8 mil) e Tenetehara (24,4 mil)... São 274 línguas.

As terras indígenas correspondem a 12,5% do território nacional, ou seja, 505 terras distribuídos entre Região Norte (38,2%), Nordeste (25,9%), Centro-Oeste (16%), Sudeste (11,1%) e Sul (8,8%).

... mais de 500 índios foram mortos desde 2003.

Respeitar não apenas a nossa história, mas também a diversidade cultural é um dever de todos!

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6001.htm

*Fontes: IBGE e Conselho Indigenista Missionário (Cimi)





sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lei Paulo Delgado


Você conhece a Lei nº 10.216, conhecida como Lei Paulo Delgado?

Esta lei foi aprovada em 2001 e trata de propor proteção de direitos às pessoas com transtorno mental, promovendo assim um modelo assistencial de saúde mental.
A lei já começa bem, protegendo doentes mentais da discriminação e preconceito:
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

O acesso ao tratamento humanitário vira lei e o doente mental passa a ter direito à este tratamento:
I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;

VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;

IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

A promoção de saúde é o foco e inserção social parte do tratamento. A internação deixa de ser a única alternativa, abrindo campo para o tratamento humanitário:
Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.

§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.

O cumprimento desta lei é responsabilidade de todos, independente de sua profissão, classe social ou escolha política. 

A humanidade deve fazer parte de cada um de nós... e as mudanças também!


quarta-feira, 21 de março de 2012

O dia 21 de Março passou por diversos fatos históricos, que nos permitem questionar o motivo pelo qual é o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


Vamos iniciar em 1933, marcado pelo início do Terceiro Reich. Anos antes, o governo alemão na república de Weimar tinha o plano de reconstruir o pais após a I Guerra Mundial. Estes planos foram desmoronados pela crise econômica dos EUA em 1929. No ano de 1932, 5.5 milhões de alemães estavam desempregados.

Voltando alguns anos, encontramos informações de que no mesmo dia, no ano de1929, morrem 389 pessoas na cidade de Terrevieja e Guadamar da Espanha, pela fúria do terremoro Alicante, que causou quase total destruição das cidades.

Em 21 de março de 1919, o recém-formado Partido Comunista se juntou ao Partido Social Democrata Húngaro e proclamou a República Sociética. As tensões do mundo pós-Guerra Mundial eram inúmeras e as resistências para suportar este período foram muitas.

No ano de 1935, o país Persia passa a se chamar Irã, entretanto, em 1959 ambos os nomes passaram as ser admitidos. Os persas praticavam a agricultura, metalurgia e a mineração. Eram conhecidos pelo seu poderoso exército, o “Exército Imortal” que continha 10.000 homens, e a cada um morto, outro ocupava seu lugar.

Dia 21 de Março de1952 foi marcado pela morte de 343 pessoas no estado de Arkansas, nos EUA, atingida por um Furacão. Ainda nosEstados Unidos, no mesmo dia no ano 1963, a penitenciária Alcatraz é desativada.

A primeira pena de morte por injeção letal também foi aplicada no dia 21 de março de 1979, nos Estados Unidos. Linda May Burnett foi acusada e condenada pelo sequestro e assassinato de Jason Philips, um dos 5 membros da familia que foi sequestrada, torturada, assassinada e enterrados em uma vala perto de Fenett, oeste de Beaumont, Texas.

Linda, mãe de 3 filhos, alegou sua inocência, e assumiu ser álibi de seu amante, José Dugas. Apesar de negar estar presente nas mortes, Linda confessou os assasstinatos em sessões de hiponose.

Linda ficou 4 anos no corredor da morte. Seu relato sobre os sentimentos no momento da sentença foi: “Minhas pernas viraram geléia. Meus joelhos ficaram fracos. Eu estava tentando olhar para minha mãe, mas tudo o que pude ver foram lágrimas. A maioria das pessoas são enviadas de volta ao corredor da morte em um segundo julgamento e eu estava preparada para voltar” (Dallas Morning News, 1997). Em Dezembro de 1997, Linda tornou-se elegível à liberdade condicional. Ela é a única prisioneira feminina condenada à morte, que ainda está encarcerada no Texas.

21 de março de 1960 Brasilia é inaugurada como capital brasileira e no mesmo dia do ano de 1993 , um plebiscito aprova a continuidade do regime presidencialista no Brasil.

Quem não se lem bra do caso do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos,que foi atacado e queimado por 5 jovens da classe média alta enquanto estava dormindo em um ponto de ônibus em Brasilia? Ele morreu em 21 de março de1997.

Galdino nasceu em 1952 na Bahia e o que ninguém sabe é que havia ido para Brasilia comemorar o Dia do Índio, além de levar suas reivindicações acerca da recuperação da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, que estava em conflito fundiário com fazendeiros da região.

Nesta viagem, participou de reuniões com o presidente Fernando Henrique Cardoso e autoridades. Chegou tarde das reuniões e por isso não pôde entrar na pensão e resolveu dormir no abrigodo ponto de ônibus.

Na madrugada deste dia, os 5 jovens atearam fogo em Galdino enquanto dormia. Morreu 2 horas depois, no mesmo dia.

No dia 21 de março de 1999, Wellington Camargo, irmão de Zezé di Camargo e Luciano, é liberado após 95 dias de cativeiro, e no mesmo dia, no ano de 2001, parte do telhado do hipermercado Extra desaba sobre clientes e funcionários, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, ferindo 47 pessoas.

Mas estamos falando do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. No ano de 1976, a ONU escolheu este dia, para lembrar os 60 negros mortos e as centenas de feridos na cidade de Shapeville, Africa do Sul.

No dia 21 de março de 1960, estas pessoas foram vítimas da intransigência e do preconceito racial quanto pacificamente realizavam uma manifestação de protesto contra o uso de “passes” para os negros poderem circular nas chamas áreas “brancas” da cidade.

Os protestos haviam sido chamados pelo Congresso Nacional Africano (ANC) - um negro sul-Africano organização política que defendia a resistência não violenta ao sistema institucionalizado da África do Sul da supremacia branca e de segregação racial, conhecido como apartheid.

Após o Massacre de Sharpeville, Nelson Mandela e outros líderes do ANC abandonaram temporariamente sua postura não-violenta e passaram a ajudar na organização do partido paramilitar ANC, que se envolveria em guerra de guerrilha contra o governo da minoria branca.

Em 1961, Nelson é preso por traição, e, apesar de absolvido, ele é novamente preso em 1964 por sabotagem e é condenado, juntamente com vários outros líderes do ANC no Julgamento de Rivonia.
Condenado à prisão perpétua, ele se torna um símbolo Sul-Africano e movimento internacional para acabar com o Apartheid.

Em 1989, FW de Klerk torna-se presidente sul-Africano, e define sobre o desmantelamento do Apartheid. As execuções são suspensas e, em fevereiro de 1990, ordena a libertação de Nelson Mandela.

Mandela posteriormente leva o ANC as negociações com o governo de minoria para um fim ao apartheid e o estabelecimento de um governo multi-racial.

Em 1993, Mandela e De Klerk são co-premiado com o Prêmio Nobel da Paz, e, em 1994, o ANC vence uma maioria eleitoral no país as primeiras eleições livres. Mandela é eleito presidente sul-Africano.

Por isso, Bom Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial!

domingo, 27 de março de 2011

Psicologia em Cartaz

O Psicologia em Cartaz é um espaço destinado a discussões de filmes com conteúdos que possam ser explorados pela psicologia de modo a unir conhecimento, cultura e lazer.



Quando: 07/05 (Sábado) ás 14h


Filme: Bullying – Provocação Sem Limites


Sinopse: Jordi é um adolescente que perdeu recentemente seu pai e que, junto à sua mãe, decide mudar de cidade para começar uma nova vida. Em princípio tudo parece bem, mas o destino reservado para ele será uma terrível surpresa já que quando Jordi passar pelo portão da nova escola, cruzará sem saber a tenebrosa fronteira de um novo inferno.


Investimento: R$ 20.00

As inscrições devem ser realizadas através do site: www.vanessarosolino.com.br


Com direito a uma barrinha de cereal e refrigerante.


*Sera encaminhado um material de apóio aos inscritos.

domingo, 20 de março de 2011



Clausura versus Liberdade
A maneira como a Saúde Mental é vista no Brasil, suas resistências e a procura pelo respeito aos direitos humanos
*ARTIGO PUBLICADO EM 16/05/2008 NO JORNAL GAZETA GUAÇUANA

As maneiras de pensar e tratar a loucura são alvos de diversas discussões que caminham, há mais de 20 anos, visando mudanças no âmbito da saúde pública. Um dos principais objetivos dessas mudanças ainda designa polêmica: a extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos e, como substituto, a instalação de uma rede de serviços de atenção à saúde mental que leve em conta a liberdade e o acesso à cidadania dos portadores de sofrimento ou transtorno mental.

A História da Loucura

A Loucura, hoje vista com olhos diferentes, nem sempre foi considerada algo negativo, ou até mesmo doença. Na Grécia antiga ela já foi considerada até mesmo um privilégio. Filósofos como Sócrates e Platão, ressaltaram a existência de uma forma de loucura tida como divina e era através do delírio que alguns privilegiados podiam ter acesso a verdades divinas. Tal fato, não impedia os “privilegiados” de viverem no meio das pessoas “normais”.
Gradativamente, a loucura vai se afastando do seu papel de portadora da verdade e vai se encaminhando em uma direção completamente oposta, passando a excluir o louco da sociedade, pois estes começam a incomodar.
Os primeiros estabelecimentos criados para limitar/esconder a loucura destinavam-se simplesmente a retirar do convívio social as pessoas que não se adaptavam a ele.
No século XIII, a loucura passa a ser objeto do saber médico, começa a ser caracterizada como doença mental e, portanto, torna-se passível de cura. A razão/normalidade ocupa um lugar de destaque, pois é através dela que o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade. É em meio a esse contexto que o hospital surge como um espaço terapêutico.
Para garantir seu funcionamento, o modelo hospitalar necessitava da instauração de medidas disciplinares que visassem garantir a nova ordem. Surge então, uma delimitação desse espaço físico, onde são fundamentais os princípios de vigilância constante e registro contínuo, de forma a garantir que nenhum detalhe escape a esse saber. O hospital acaba por tornar-se um mundo à parte, afastando cada vez mais o indivíduo de suas relações exteriores. O discurso que alimenta esse sistema percebe os loucos como seres perigosos e inconvenientes que, em função de sua "doença", não conseguem conviver de acordo com as normas sociais. Retira-se, então, desse sujeito todo o saber acerca de si próprio e daquilo que seria sua doença.
Durante os séculos, muitos métodos desumanos foram utilizados para tornar o “louco” adequado às regras da sociedade, podemos citar como exemplo, furos no crânio, sangrias, afogamentos, comas insulínicos, indução de convulsões, lobotomia, eletrochoques, etc.
Um cenário propício ao o surgimento dos movimentos reformistas da psiquiatria desponta com o pós-guerra. Começam a surgir, em vários países, questionamentos quanto ao modelo centrado no hospital psiquiátrico, apontando para a necessidade de reformulação.
Uma importante questão nessa concepção de reforma diz respeito ao conceito de "doença mental", o qual passa a ser desconstruído para dar lugar à nova forma de perceber a loucura enquanto "existência-sofrimento" do sujeito em relação com o corpo social.
Em continuidade ao processo da Reforma, em 1987, 1992 e 2001, foram realizadas as Conferências Nacionais de Saúde Mental, que possibilitaram a delimitação dos objetivos da reforma psiquiátrica brasileira atual e a proposição de serviços substitutivos ao modelo hospitalar. Dentre os marcos conceituais desse processo destacam-se o respeito à cidadania e a ênfase na atenção integral, onde o processo saúde/doença mental é entendido dentro de uma relação com a qualidade de vida.

A Reforma Psiquiátrica

Muitos dos chamados “loucos” passaram suas vidas em instituições, perdendo a própria saúde e até mesmo sua cidadania, pois quando retornavam à sociedade, após alta, eram discriminados e não conseguiam a sua re-inserção.
Somente no final dos anos 70, se começou a pensar em alterar essa realidade. Neste contexto, surge a Reforma Psiquiátrica, a qual propõe a desinstitucionalização, ou seja, que o atendimento aos “loucos” ocorra de forma mais humana, fora dos hospitais psiquiátricos.
Propõe também, que exista uma rede de cuidados para os doentes mentais, abrangendo todas as suas necessidades. Essa rede deve localizar-se próxima as suas residências, apresentando atendimento diário. Assim não é preciso retirar o doente mental de sua convivência familiar e social.

Instrumentos de atenção aos doentes mentais fora de um hospício:
CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) onde são oferecidos atendimento médico, psicológico, psiquiátrico, assistência social, dentre outros. Uma de suas propostas são as oficinas terapêuticas, tais como: artes e bijuterias, as quais, tem como um dos objetivos a obtenção de renda.
Residências Terapêuticas, casas onde os doentes mentais podem residir (os que não possuem família, ou que a mesma não os quer mais), reintegrando-os à sociedade.
Programa de Volta para Casa, o doente mental que deixou o hospital psiquiátrico, pode vir a receber um auxílio mensal, o qual, contribuirá para sua emancipação.

O objetivo central da Reforma Psiquiátrica é que todo ser humano, sendo ele doente mental ou não, tenha sua singularidade respeitada.
“Portadores de transtornos mentais têm direito à liberdade, ao trabalho, à moradia e à convivência social”.

quarta-feira, 16 de março de 2011


"Nunca pense em termos de os outros terem que amar você. Isso é uma atitude errada; está enraizada na infância. Uma criança simplesmente espera ser amada. E, é claro, é natural para uma criança, porque, como a criança pode amar? Uma criança de um dia de idade - como ela pode amar? Ela não pode nem sequer segurar o dedo da mãe. Ela não pode fixar seus olhos na mãe; tudo é turvo. Ela não sabe quem é a mãe e quem é quem. Como você pode esperar que ela ame? Ela simplesmente recebe amor.

Pouco a pouco ela aprende uma coisa: que os outros têm que amá-la. Isso é bom na infância, mas a pessoa tem que ir além - só então você se torna um adulto. Um homem se torna um adulto no dia em que ele começa a sentir que agora ele tem que amar. Não é uma questão de alguém amá-lo.

... Você não é ma is uma criança. Você está se comportando dentro de um padrão infantil. Comece a amar. Quanto mais você amar, mais você verá que mais pessoas estão vindo até você para amá-lo, porque o amor atrai amor assim como o ódio atrai ódio.

Se você odiar, as pessoas o odiarão. Se você amar, as pessoas o amarão. Mas não se incomode se os outros o estão amando ou não. Simplesmente ame. Amar é uma atividade tão prazerosa - quem se importa se há algum retorno ou não? É como cantar. Você canta e se deleita. Se alguém aplaude, ótimo. Se ninguém aplaude, é uma questão deles. Você se deleita da mesma forma.

Comece a amar. E não peça amor. O amor será uma conseqüência natural..... Ele é uma graça. É um presente. Ele vem porque toda a existência está cheia de amor. Não é porque você tem capacidade, não é porque você tem algum valor que ele vem para você. Não, ele vem para você porque toda a existência é cheia de amor. A existência é feita da matéria chamada amor. É exatamente como o ar que o circunda. Você simplesmente inspira e expira e a coisa continua.

Assim, esqueça sobre merecimento. Comece a amar, e você verá o amor chegando, florescendo. Ele vem mil vezes mais. Simplesmente compartilhe e continue a meditar".


Osho, The Passion for the Impossible.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Faz um tempo que não apareço por aqui... estive focada em alguns projetos em minha vida pessoal e profissional que me impossibilitaram de estar mais presente.

Mas voltei, próximo ao final do ano, para dizer o quanto este ano foi bom e o quanto o meu papel de psicóloga se enraizou a cada dia em mim, e cada paciente presente em minha vida foi importante para isso.

Acredito que o terapeuta é capaz de conhecer o paciente como ele realmente é e o que tenta esconder do resto do mundo, pois na terapia, não há medo do julgamento, apenas aceitação, escuta, acolhimento e sinceridade.

Costumo dizer aos meus pacientes que, por ter uma linha psicanalítica, procuro sempre falar o que me vem à cabeça, em qualquer momento, expressão ou fala que ele tiver e que a terapia acontece de uma forma natural e melhor quando ele próprio faz o mesmo. Deve haver sinceridade, para que este relacionamento tão lindo seja construído.

O relacionamento terapeuta versus paciente é especial e único, pois vai além da amizade ou da familiaridade, é algo como um a extensão dos desejos e sonhos do paciente e o papel do terapeuta é criar e permitir o espaço para que estes saiam da prisão que muitas vezes se colocam.

Há diversas linhas e formas de atuação do terapeuta, assim como há uma grande diversidade de pacientes com suas demandas que chegam à ele. Muitas vezes vemos a terapia não fluir com um terapeuta e fluir com outro, que possui uma linha totalmente diferente e isso é completamente normal, pois as pessoas são diferentes, assim como os terapeutas e cabe à cada paciente encontrar o que é capaz de mostrar e desenvolver o que possui de melhor, pois as teorias podem ser diferentes em termos de conceitos e nomenclaturas, mas todas tem em comum a importância do relacionamento entre terapeuta e paciente.

Com certeza, eu ganhei muito este ano com todos os pacientes que me pediram para caminhar ao seu lado e espero ter correspondido pelo menos com metade de suas expectativas.

É muito mais fácil do que imaginamos a construção e destruição de conceitos e vivências, o difícil é perceber a hora certa de cada uma destas ações.


Obrigada à todos que estiveram comigo este ano e até 2011.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As faces da loucura (http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT832764-1719-2,00.html)

por: Camila Artoni

A própria loucura é uma palavra difícil de conceituar. João Augusto Frayze-Pereira, professor do Instituto de Psicologia da USP, autor de "O Que é Loucura", propôs o tema a universitários e pré-universitários e chegou a diversas acepções diferentes. O grupo apontou as seguintes idéias como resposta: um estado de perda de consciência; um distúrbio orgânico, a doença que existe há mais tempo ha história dos homens; um desequilíbrio emocional cuja origem é o desajustamento do indivíduo dentro da sociedade em que vive; todo tipo de desvio do comportamento pessoal em relação às normas; um estado progressivo de desligamento ou fuga da realidade; uma tomada de consciência de si e do mundo.

Todos esses enunciados cobrem, com maior ou menor precisão, a noção popular de loucura. Mas não fazem uma distinção que é essencial para a identificação do problema - loucura e distúrbio mental, hoje em dia, não são sinônimos e precisam ser entendidos como coisas diferentes.

Estado natural
Popularmente há uma tendência em se julgar a sanidade da pessoa de acordo com seu comportamento ou com sua adequação às conveniências socioculturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção ou a postura sexual. Para a psiquiatria moderna, no entanto, doença mental é a variação capaz de prejudicar a performance da pessoa, seja no trabalho, em família ou em qualquer outra esfera social ou pessoal, afetando sua vida e a das pessoas com quem convive.

O psiquiatra e psicoterapeuta Paulo Urban explica que nem sempre a loucura pode ser associada a uma doença. Às vezes, ela é só um atributo da psique. "A loucura é associada ao transe, ao comportamento desviante. Isso pode se manifestar como genialidade ou como uma negação de normas que faz o louco ser, às vezes, até melhor adaptado do que uma pessoa 'normal'. Já as doenças mentais são um quadro grave e pedem tratamento. A loucura, em muitos sentidos, pode ser um estado natural positivo", diz o médico. "Como o louco do tarô, arquétipo do homem que está entre o tudo e o nada, superior à condição humana."

A definição de loucura como doença, aliás, é recente na civilização oriental. O seu surgimento acontece quando as incertezas científicas são abandonadas e aparece a medicina racional contemporânea. O divisor de águas é a valorização da razão. É nessa fase, e por esse motivo, que os loucos começam a ser isolados. "No mundo moderno das doenças mentais, o homem não se comunica mais com o louco", afirma Frayze-Pereira. "Com o corte entre razão e não-razão, há, de um lado, o homem racional que encarrega o médico de lidar com a loucura. E, de outro, o louco, que vive uma racionalidade abstrata. Entre eles não há linguagem comum."

Isso nem sempre foi assim. Na Antiguidade , a loucura era considerada uma manifestação divina. A epilepsia, conhecida como "a doença sagrada", significava maus presságios. Se uma pessoa sofresse um ataque epiléptico durante um comício, por exemplo, o evento era interpretado como uma intervenção dos deuses. Era um sinal de que não se deveria acreditar no que dizia o orador.

Raciocínio incomum
A existência de uma ligação entre loucura e genialidade não é consenso na comunidade científica, mas sabe-se que entre criadores excepcionais, em especial artistas, como o escritor irlandês James Joyce (1882-1941) e o pintor Amedeo Modigliani (1884-1920), uma grande parcela sofre de distúrbios psiquiátricos. O reflexo na inteligência lógica, porém, ainda está em debate. O que as pesquisas mostram é que, ao contrário do conceito popular, pessoas com esquizofrenia não são mentalmente retardadas. Na verdade, muitos desses pacientes apresentam QI ou desempenho acadêmico acima da média. O transtorno provoca problemas cognitivos, como falta de concentração e dificuldade em abstrair o pensamento, mas não afeta a inteligência. O matemático John Nash é um exemplo disso. Famoso sofredor de paranóia, foi ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1994. Para o bioquímico inglês David Horrobin (1939-2003), a esquizofrenia teria até mesmo ajudado a moldar a humanidade - sujeitos com a doença teriam um grande variedade de habilidades e interesses, fazendo a nossa evolução caminhar.
Na Idade Média, no entanto, algumas cidades confiavam os loucos a mercadores. Havia barcos que os levavam de uma cidade para outra, onde vagavam como errantes. Era comum a Europa ver naus de loucos atracarem em seus portos. Muitos outros, porém, acabavam acorrentados, exorcizados ou queimados.

Uma das razões para isso é que a psicopatologia medieval associava a loucura à possessão diabólica. E embora essa forma de pensar tenha raízes na própria formação doutrinária do cristianismo, o raciocínio acabou funcionando como uma justificativa religiosa para a repressão às heresias ou um recurso para impor a ortodoxia teológica e moral.

Assim como a idéia da loucura mudou com as épocas, existem também variações culturais. O que nós caracterizamos como loucura pode não ser para um outro grupo. A noção de loucura é diversificada e relativa, uma vez que cada grupo tem uma linguagem particular para defini-la, e essas diversas linguagens implicam também práticas diversas. Enquanto em algumas regiões o louco participa do convívio familiar, em outras o paciente é isolado. Há aqueles que, ao depararem com esses problemas, buscam soluções na religião. Outros procuram a intervenção médica ou psicológica.

Fim da linha para os alienistas
O século 17 viu aparecerem os primeiros asilos para doentes mentais. Muitas vezes essas casas funcionavam em locais onde, antigamente, estavam os leprosários. Extinto um grupo destoante, a classe de excluídos era agora outra. Precisava-se de outro fenômeno que seria seu novo bode expiatório. Os loucos foram então sistematicamente suprimidos e enclausurados.

No Brasil, o problema da instituição psiquiátrica vem sendo discutido por diversos setores da sociedade há pouco mais de 15 anos. O Movimento Nacional da Luta Antimanicomial nasceu em 1987 entre os trabalhadores de saúde mental, que decidiram se posicionar contra o encarceramento de pacientes e propor alternativas terapêuticas ao portador de transtornos psíquicos.

Mais de 60 mil pessoas estão encarceradas no país. E as formas de tratamento que assombravam os manicômios há quatro séculos não foram abandonadas, apenas modernizadas. Mesmo portadores de doenças mentais não-agressivas são submetidos a sedativos, eletrochoques, indutores de coma e até lobotomias.

À mercê da moral
Essas diferentes posturas em relação à loucura mostram que, ao longo da história, o juízo de valor foi o principal termômetro da normalidade. "Seja movido pela cultura ou por interesses mercadológicos - que é o que faz, hoje, a indústria farmacêutica ao criar medicamentos para doenças que nem existem -, um discurso sempre vence. É a ação do dominante sobre o dominado. A classificação e marginalização de algumas posturas como doenças vem, muitas vezes, do preconceito contra o que é ainda desconhecido", afirma o psiquiatra Paulo Urban.

Mais recentemente, as pesquisas começaram a apontar para causas bioquímicas das doenças mentais. A relação observada entre doenças orgânicas e mentais levantou a lebre para a existência de razões bioquímicas para distúrbios psiquiátricos, o que despertou um grande interesse pelas bases neuronais do comportamento humano. Graças a isso, as descobertas avançaram. Hoje, sabe-se o papel dos neurotransmissores e entende-se sua importância nas alterações de humor.

Enigma persiste
Mas a neurociência não é capaz de dar respostas completas sobre a causa de todos os transtornos. Há outras doenças cujas causas orgânicas permanecem obscurecidas em alguns pontos. "Pacientes com psicose, por exemplo, não apresentam nenhuma alteração biológica. Anatomicamente, seu cérebro também é perfeitamente saudável", diz Urban. "A neurociência é avançada tecnicamente, mas não é exaustiva. Por isso, não pode ser considerada o único discurso da verdade."

Mesmo com todas as tentativas de situar a loucura como doença orgânica e de tentar compreendê-la subjetivamente, nenhuma das visões ainda tirou dos loucos o estigma que eles carregam. Nos dias de hoje ainda temos vontade de afastá-los, pois não os compreendemos. São incoerentes, insensatos. Mas, afinal, quem não é?

Conheça algumas faces que a loucura pode ter


Défcit de atenção (DDA)
O que é:
Transtorno neurobiológico caracterizado por desatenção, inquietude e impulsividade
Sintomas: Dificuldades na escola e no relacionamento interpessoal, problemas com regras e limites
Como começa: Aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Causas são genéticas
Tratamento: Psicoterapia

Síndrome do pânico
O que é:
Ataques recorrentes de ansiedade aguda e intensa
Sintomas: Palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, dores no peito, náusea, vertigem, ondas de frio e calor, medo da morte, medo de enlouquecer
Como começa: Causas podem ser psicológicas (reação a um estresse), físicas (ex. abuso de álcool) ou genéticas
Tratamento: Medicação com psicoterapia

Esquizofrenia
O que é:
Psicose em que o paciente se afasta da realidade e acaba construindo um mundo particular
Sintomas: Alucinações auditivas e somáticas, sensação de ter as ações controladas por algo de fora
Como começa: Sem causas conhecidas
Tratamento: Em 90% dos casos é incurável

Bipolaridade (PMD)
O que é:
Transtorno afetivo caracterizado por altos e baixos
Sintomas: O paciente apresenta períodos de intensa depressão, podendo levá-lo ao suicídio, e períodos de intensa euforia (mania) que causam graves distúrbios sociais
Como começa: Não depende de disparador; causa é genética
Tratamento: Reguladores de humor podem evitar os períodos de recaída

Personalidade múltipla
O que é:
Distúrbio dissociativo em que a pessoa se comporta como se estivesse "fora de si"
Sintomas: Mudanças bruscas de comportamento, geralmente autodestrutivas
Como começa: Pelo que se sabe até agora, é conseqüência de um sofrimento muito grande na infância ou no início da adolescência, principalmente abuso sexual
Tratamento: Medicação com psicoterapia

TOC
O que é:
Obsessão e compulsão com ansiedade extrema
Sintomas: Repetição involuntária de gestos, rituais, pensamentos e atividades, apesar da noção de que nada disso faz sentido
Como começa: Não se sabe ainda a causa exata, mas pesquisas sugerem que exista uma disfunção de neurotransmissores em certas regiões do cérebro
Tratamento: Medicação com psicoterapia

Demência
O que é:
Deterioração da função mental
Sintomas: Desorientação, perda de memória, incapacidade de interpretar aquilo que sente, ouve ou vê, dificuldade na realização das atividades cotidianas, fala e escrita comprometidas
Como começa: Pode decorrer de lesões cerebrais ou de complicações vasculares. Ocorre na velhice
Tratamento: Cirurgia

Anorexia
O que é:
Distúrbio alimentar (temor intenso de ganhar peso)
Sintomas: Emagrecimento, destruição do esmalte dentário, pele seca e amarelada, cabelos quebradiços, visão distorcida do próprio corpo
Como começa: Causa desconhecida. Provavelmente componentes psicológicos, biológicos, ambientais e culturais misturados
Tratamento: Antidepressivos, psicoterapia e orientação nutricional